A pandemia de Covid-19 afetou diversos segmentos da sociedade, principalmente a área da saúde. A crise sanitária evidenciou a necessidade do investimento em pesquisas e inovação para alcançar melhorias nos processos, aumento da segurança do paciente, diminuição de custos, entre outros. Campinas, metrópole do interior do estado de São Paulo, é detentora de um sistema de saúde que se tornou referência nacional e internacional e um polo de excelência tecnológica e científica.
Com mais de 1 milhão de habitantes, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) classificou, em 2020, Campinas como uma das 15 metrópoles brasileiras. A cidade é a única sem ser capital estadual a figurar como um dos principais centros urbanos do país. O posto de metrópole deve-se ao expressivo número de empresas e instituições públicas que se interligam a outras pelo país e a alta busca por serviços de saúde na cidade. Campinas está entre as 13 cidades do país mais procuradas por moradores de outros municípios que buscam por serviços da saúde de baixa, média e alta complexidade, de acordo com levantamento do IBGE.
A cidade reúne importantes universidades, como a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), considerada uma das melhores universidades do país e da América Latina, e responsável por 6 milhões de pessoas da rede SUS nas regiões de Campinas e Piracicaba. Durante a pandemia, o governo do Estado de São Paulo definiu o hospital da Unicamp como referência no tratamento da Covid-19. No município, também há instituições particulares de ensino que têm seus hospitais, cursos de saúde e profissionais reconhecidos em todo país.
Campinas também dispõe de instituições de ciência e tecnologia (ICTs), como o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), uma organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e que possui quatro laboratórios referências mundiais, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), entre outras que contribuem para a metrópole ser a 4ª cidade mais inteligente e conectada do Brasil e a 3ª em "Empreendedorismo e tecnologia e Inovação", segundo Ranking Connected Smart Cities.
No município foram realizadas pesquisas relacionadas ao vírus da Sars-CoV-2 e testes de vacina contra a doença. A Unicamp participou dos estudos clínicos da Coronavac, vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan. O Hospital da PUC-Campinas foi responsável por parte dos testes da vacina da Janssen em voluntários.
O Sirius, uma das fontes de luz síncrotron mais avançadas do mundo, instalada no CNPEM, é utilizado em pesquisas relacionadas à pandemia. No ano passado, conseguiu obter imagens em 3D de estruturas de uma proteína imprescindível para o ciclo vida do novo coronavírus. Um grupo do Instituto de Física da USP de São Carlos usou o acelerador na busca por uma chave para desativar o vírus.
No dia 17 de agosto, às 10h30, ocorre a 5ª edição do Agenda Campinas, que vai discutir o "Futuro da Saúde" em meio a uma jornada digital, dentro do cenário da saúde e tecnologia de Campinas e região. A palestra será ministrada por Cláudio Lottenberg, mestre e doutor em oftalmologia, presidente do conselho do hospital Israelita Albert Einstein e presidente do instituto Coalizão Saúde. O evento tem transmissão ao vivo no site Agenda Campinas.
O Agenda é um ciclo de palestras e debates já tradicional no calendário de eventos do Estado de São Paulo. É uma realização da OA Eventos, empresa do Grupo EP. O patrocínio oficial é da DESENVOLVE SP. O evento conta com apoio institucional da EPTV e apoio de mídia do G1 e do portal ACidade ON.
5º Agenda Campinas
Data: 17/08
Horário: 10h30
Onde: agendacampinas.com
